domingo, 15 de janeiro de 2012

Quando as cores se misturam

O daltonismo é a incapacidade de distinguir e identificar algumas cores. A partir das três cores primárias - verde, vermelho e azul - multiplicam-se as restantes cores, sendo que para estas pessoas, a visão colorida é alterada. Muitas vezes, só se consegue distinguir duas das três cores básicas e por isso, é muito frequente não diferenciar o verde do vermelho. 

Porque isto acontece? 

Tudo acontece porque na retina, a membrana que cobre a face interna do olho, se encontram as células fotoreceptoras - os chamados cones - que permitem a percepção da cor. Esses cones são precisamente três, cada um sensível a um pigmento - vermelho, verde e azul. Ora, num daltónico, um ou mais dos diferentes cones não funciona correctamente ou nem sequer existe, o que impede o cérebro de receber a informação que lhe permite descodificar a cor associada. 



Quais as causas? 

A maioria destes casos estão associados à hereditariedade, embora possam, ocasionalmente, resultar de doenças oculares.

Quando fazer o despiste?

O daltonismo pode ser despistado em idade pré-escolar, aquando a primeira visita ao oftalmologista, embora só pelos 10 anos é que seja possível realizar testes que permitem avaliar com precisão o défice cromático da criança. Antes de consulta o especialista, existem alguns sinais de alerta: errar na identificação das cores, seja a desenhar ou a escolher as peças de um jogo. Na escola, as dificuldades tendem a ser mais frequentes e a agravarem-se.

Um daltónico desenvolve um sistema de referência próprio, substituindo as tonalidades ausentes por diferentes tons de cinzento, aprendendo a conviver com esta diferença cromática que não lhe afecta em nada a saúde, ainda que influencie o quotidiano. Neste momento, não existe nenhum tipo de tratamento para este distúrbio. Há porém uma empresa americana que fabrica lentes, as quais permitem a distinção das cores pelos daltónicos. Contudo, alguns estudiosos ainda encaram a iniciativa com reservas, por não haver estudos científicos suficientes.

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