Stalking é um termo inglês, que à letra significa "acto de seguir silenciosamente a caça". Em português, não existe um adjectivo qualificativo específico, pelo que podemos falar em perseguição obsessiva. É deste modo, um síndrome comportamental decorrente de uma patologia de relações interpessoais e de comunicação. Podem ser utilizados inúmeros meios para um só fim: perseguir, manter a vítima sobre vigilância, monitorizar comportamentos, causando ansiedade, mau estar e medo. O stalker procura aproximação junto da vítima, por meio de cartas, mensagens, chamadas telefónicas ou através das redes sociais. Em mais de 10% dos casos, os comportamentos de stalking podem passar por amigos ameaçados, calúnias, mentiras, violência ou envio de mails obscenos, podendo esta situação durar semanas, meses ou anos. A maioria dos stalkers são do sexo masculino (86%), sendo que as vítimas são normalmente as suas ex-companheiras (78%). Países como Estados Unidos da América, Reino Unido ou Canadá apresentam há alguns anos, leis anti-stalking. Apesar de em Portugal não existir legislação específica para este tipo de crime, o stalking pode ser processado perante as leis existentes que regulam comportamentos específicos, como devassa da vida privada, ameaça ou ofensa à integridade física. Por isso, estejam atentos, e ao mínimo sinal de abuso, denunciem. A Maria João Costa, jornalista e o rosto da GNT em Portugal, foi vítima de stalking e para além de ter apresentado queixa, criou o blog Vítimas de Stalking, onde se pode saber mais sobre o assunto e conhecer as notícias mais recentes. E lembrem-se que na mente do perseguidor está o lema: "every breath you take, every move you make, I'll be watching you". Não deixe que ele seja a sua sombra.