domingo, 19 de dezembro de 2010

Alto aí!

Os antibióticos são substâncias químicas, naturais ou sintéticas, que têm a capacidade de impedir a multiplicação de bactérias ou de as destruir. São, deste modo, excelentes fármacos para debelar infecções, se prescritos e tomados convenientemente. A resistência aos antibióticos é uma realidade e ocorre quando estes perdem a capacidade de controlar o crescimento ou morte bacteriana. Assim, uma bactéria é considerada resistente quando continua a multiplicar-se na presença de níveis terapêuticos desse fármaco. 

O consumo de antibióticos tem disparado nos países ocidentais, talvez por excesso de zelo dos pais que, perante a febre que teima em não baixar, ficam naturalmente preocupados, querendo que o filho se cure depressa. Esquecem-se é que, grande parte das vezes, a infecção é de origem vírica (ou seja, o que provocou a doença é um vírus, e não uma bactéria) e por isso, o antibiótico não a vai debelar. Mesmo assim, é frequente a insistência junto do médico para a prescrição destes fármacos. Os pais não têm paciência para esperar 48 horas, à base de antipiréticos, analgésicos e outros tratamentos sintomáticos. Por outro lado, o que acontece muitas vezes é que os pais desrespeitam as horas das tomas, por exemplo interrompendo-o assim que a criança apresenta melhoras. E isso é tão negativo, quanto tomar o medicamento a horas erradas. Não devem encurtar o tratamento, nem prolongá-lo. Esta é uma regra básica. Só assim é que o antibiótico é eficaz. Não se esqueça que a resistência a antibióticos constitui um problema sério no tratamento de doenças infecciosas.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Proteja-se do fumo dos outros

Sabia que passar nem que seja uma hora exposto ao fumo passivo é o equivalente a fumar quatro cigarros? Se não fuma, mas vive ou trabalha num ambiente cheio de fumo, isso também é um factor de envelhecimento para si. O fumo, venha de onde vier, envelhece as artérias e aumenta o risco de doenças cardíacas e pulmonares, enfraquece o sistema imunitário e promove o desenvolvimento de cancro.

sábado, 4 de dezembro de 2010

A alegria das flexões

A maior parte de nós não dá a devida importância às articulações. Já imaginaram a nossa vida sem elas? Nada de nos virarmos, de nos torcermos, de nos dobrarmos, de correr, de saltar, nada de nada. Na verdade, só nos começamos a preocupar, quando se começam a deteriorar, seja devido à idade ou a alguma lesão. 

As articulações humanas estão sujeitas ao uso e abuso a partir do minuto em que começamos a usá-las, mas ao fim das primeiras décadas de vida os mecanismos de reparação do corpo não conseguem dar vazão aos danos. A dos joelhos são normalmente as mais sofridas, por todo o esforço que fazem ao longo da vida. O quadro seguinte ajuda-o a perceber melhor a fisiopatologia dos joelhos.
Embora o nosso primeiro pensamento seja o de mimar as nossas articulações o mais possível, a verdade é que devemos deixá-las fazer o seu trabalho. A chave é encontrar um meio-termo entre o exercício e a reabilitação. Há também coisas específicas que podemos fazer para proteger as articulações de lesões e acelerar a reparação quando o uso e o desgaste fizeram os seus danos:

- Verifique as solas - Uma das maiores e mais evitáveis causas da destruição das articulações é o desalinhamento. Poderá ter uma noção da sua biomecânica olhando para o padrão de desgaste das suas sapatilhas. Se o desgaste estiver na parte mais interior do pé, quer dizer que é pronador (vira o pé para dentro). Se estiver na parte exterior do pé, significa que é supinador (não o vira o suficiente). Vá a um fisioterapeuta especialista na área.

- Invista em calçado adequado - Os pés não têm amortecedores naturais e por isso qualquer choque que sintam quando andam, sobe imediatamente ao joelho. Escolha calçado confortável quando tiver de ficar longos períodos de tempo de pé. Hoje em dia existem peritos que lhe pode indicar o melhor calçado para cada situação.

- Faça exercício - Faça treino de resistência para fortalecer os músculos e os ossos, aumente a flexibilidade (com, por exemplo, o ioga) e reforce a cartilagem pedalando em altas rotações. Se andar provoca demasiadas dores, exercite-se numa piscina morna. São exercícios tão eficazes como os no solo, e mais divertidos.

- Perca peso - Peso a mais leva a cartilagem a quebrar mais rapidamente, mesmo nos dedos, que não suportam o fardo de transportar tantos quilos.

- Tome benefícios articulares - O óleo de peixe, rico em ómega-3 é óptimo para a gordura das articulações, lubrifica e diminui a inflamação. A glucosamina é sintetizada naturalmente no nosso corpo, sendo fundamental para a formação do colagénio e preservação da cartilagem. Uma vez que os níveis de glucosamina diminuem com a idade, com os danos e o stress, é bom tomar suplementos de sulfato de glucosamina durante pelo menos seis meses (visto que as articulações se regeneram lentamente). As vitaminas D3, E e C têm o potencial de proteger contra os danos causados ao tecido conjuntivo, especialmente quando apoiadas com cálcio e magnésio. 

- Siga o protocolo RICE (Rest, Ice, Compression, Elevation) - Deixe a área lesionada em repouso; Arrefeça com gelo, protegendo sempre a pele com uma toalha; Envolva a articulação numa ligadura elástica para ajudar a apoiar os tecidos enfraquecidos; Mantenha a parte lesionada elevada, para diminuir o fluxo sanguíneo e evitar o inchaço. No entanto, a cura plena necessita de algum movimento. Faça pequenos exercícios e vai ver que a dor que sentirá a curto prazo será pequena em comparação com o benefício a longo prazo, que pode ser enorme.